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"Avós

Voz"

À época em que a Vó Albertina ficou doente, não sabíamos quase nada sobre as questões psiquiátricas e psicológicas. Se hoje, com mais informações disponíveis ainda existe tanto preconceito, podemos supor como era antigamente. ​

 

Conviver e lidar com certas crises, por vezes até agressivas, pode fazer com que nossas memórias (essas), sejam involuntariamente trancadas em uma gavetinha, e a chave escondida em alguma árvore, numa floresta que não pretendemos mais visitar. E é compreensível que seja assim. A nossa mente tem seus motivos para criar mecanismos para nos proteger. E tá tudo bem quanto a isso. ​

 

Meu convite é para se refletir...​

 

A Vó Albertina foi uma mulher incrível, linda, alegre, que gostava de música e de dança; amada, respeitada e muito bem cuidada pelo nosso tão querido avô Saraiva.

E se o Vô a amou tanto, isso me leva a crer que ele compreendeu que ficar doente não foi uma escolha dela e sim, alguma condição que foge ao querer consciente.

Vó Albertina permanece na nossa genética:​

 

Que sejamos as mensageiras compartilhadoras das lembranças afetuosas dessa avó que preparou maçãs cozidas, que gostava de pitar um cachimbo, que pegava dinheiro do marido pra dar ao filho pra comprar cigarro escondido (traquinas), que foi amada, respeitada e cuidada com zelo pelo marido e pai dos seus filhos.

(Jacqueline Seravia Almeida)

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